Chapéuzinho Vermelho
Subiu a ladeira
Procurando mantêr-se
No mais absoluto anonimato
Esforçou-se muito de fato
Cestinha nos braços
Enfeitada de laços
Chamou a atenção
Durante a peregrinação
Perguntada sobre o segredo
Embutido na cesta
Chapéuzinho estremeceu
O seu eu de imediato
Emudeceu
Alguém arriscou um palpite
Bala de coco
Chapéuzinho se meteu
Num belo sufoco
"Agora para andar aqui
Todo o cuidado é pouco!"
A cestinha estava vazia
Chapéuzinho pensou:
"Que frustração!"
Não querendo causar
Nenhuma desilusão
Sem querer frustrar
Ainda mais as expectativas
De mais ninguém
Chapéuzinho tratou
De pegar o trêm
E não falar com mais ninguém
Colocou a cestinha
Numa sacola anônima
Retirando-se daquela cena
"Traumático-cômica"
Como um passeio tão inocente
Tornou-se causa de tamanho incidente?
A imaginação das pessoas
É um mundo mágico
Mas para Chapéuzinho
O passeio teve um fim
Praticamente trágico!
(Simone)
* Poema endereçado à Ju que partilhou comigo o evento do passeio na Ladeira Porto-Geral, da cestinha e das balas de coco.
*
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